Um assunto que sempre me “pegou” é o relacionamento como deficiente físico. Existem várias questões a serem tratadas acerca desse tema. Entre elas eu posso citar: o preconceito, que sim existe, o mito de que homens não têm ereção e também as possibilidades de dar certo que eu inclusive conheço algumas.
Veja a seguir.
Namoro Com Deficiente Físico
Essa questão é tão complexa porque embora a sociedade esteja mudando bastante, a deficiência é algo que interfere sim na escolha das pessoas na hora de assumir um relacionamento e levar a sério.
É claro que existem algumas exceções e isso foi abordado pela mídia em novelas e filmes como a maioria de nós conhecemos. Mas em alguns momentos é possível encontrar pensamentos como: _”se você ficar com ele (a), vai se tornar um enfermeiro e ficar preso a cuidar dessa pessoa pelo resto da vida.”
Entretanto, a parte boa é que do mesmo jeito que existe o preconceito, existem também as pessoas dispostas a assumir as situações quando o sentimento é pra valer. Conversando com uma amiga há um tempo atrás sobre isso eu disse:
_”Realmente é complicado.eu sou cadeirante, tenho incontinência urinária, não faço serviço de casa e não é qualquer pessoa que está realmente disposta enfrentar tudo isso e ter trabalho para ficar comigo”.
E ela simplesmente me respondeu:
_ “Cris, não é só com você. Nos relacionamentos que eu tenho visto ultimamente, as pessoas vêem qualquer probleminha e querem pular fora.. Quem quer assume as coisas.”
Quando eu li essa frase, comecei a refletir seriamente sobre tudo que eu falei e sobre a posição que os deficientes físicos precisamos adotar com relação a isso. Em virtude disso, o que eu posso dizer é o seguinte:
Eu estava me colocando em posição de vitimismo e por mais que seja realmente difícil existem também histórias que dão certo. Logo, cabe a quem é deficiente físico sob qualquer que seja a deficiência, descobrir o seu próprio diferencial, trabalhando diariamente o seu próprio valor e oferecendo o seu melhor ao invés de focar nas dificuldades.
Uma questão que eu gostaria de levantar, é que na minha visão, às vezes percebo que mulheres aceitam melhor homens com deficiência do que o contrário. Afinal, a mulher é criada culturalmente para cuidar, do lar, da família.
Enquanto homens, não são tão preparados pra enfrentar o “trabalho” que as mulheres cadeirantes podem oferecer .Eu sei disso porque não cuido da casa, não cozinho e tenho dificuldades de pentear o cabelo.
Essa imagem que ilustra hoje, tem um comentário que se refere um tanto quanto ao machismo. Porém, eu atribuo esse comentário à análise que fiz acima.
Deficientes Físicos Têm Ereção?
Me aprofundar neste assunto seria uma irresponsabilidade da minha parte. Visto que eu não sou médica e ainda não conversei com especialistas sobre. Mas o que eu posso dizer para você, é que grande parte disso tem dois lados:
Depende do grau de lesão e o local onde essa lesão afetou no corpo da pessoa. e o outro lado é o mito criado em cima disso. Uma vez que as pessoas geralmente pensam que não e o próprio deficiente pode criar para si essa limitação psicologicamente
Se vocês quiserem, eu posso estudar sobre sexualidade e deficiência e trazer um artigo mais completo..
Aplicativo de Namoro Para Deficientes Físicos
Sim, existem alguns aplicativos desenvolvidos em especialmente para pessoas com deficiência e até mesmo aplicativos comuns que já desenvolveram uma seção específica para PCD’s.
Um deles é o Devotee. Desenvolvido pelo também deficiente físico Ricardo Alonso Jorge. Ele conta que a ideia surgiu depois de sua separação quando sentiu falta de um aplicativo voltado especialmente para pessoas com deficientes e não havia nenhum.
Contem para mim o que vocês acham: até onde vai o preconceito? se você é deficiente, tem dificuldade de se relacionar? essa questão mulheres acolherem deficiência melhor que os homens faz sentido?
2 Comentários
Boa noite, gostei do artigo, e sim, concordo com vc que mulheres são mais disponíveis para aceitar um parceiro deficiente.
Eu tenho sequela de pólio e andei com aparelho até 2014. hoje estou na cadeira. Durante toda minha vida enfrentei muitos preconceitos, muitos homens queriam sair comigo mas não me assumir publicamente .Mas a vida continuou e eu tive uma relação de sete anos e fiquei viúva com uma filha de três anos, voltei a trabalhar e hoje ela está com 25 anos.
Só fui me apaixonar novamente em 2015 até 2018, quando meu parceiro não conseguiu enfrentar o preconceito. Atualmente tenho me relacionado virtualmente com alguns homens que dizem não se importarem com a minha condição de cadeirante, mas devido a pandemia não tenho conhecido ninguém presencialmente.
Essa é uma questão complicada realmente. Tenho vontade, curiosidade. mas focando em outras coisas.